Avanço do quadro de suspeita de dengue a dengue grave.

Doença viral que atinge fortemente zonas tropicais, a dengue é o mal mais comum transmitido pelo Aedes aegypti. É estimado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que, a cada ano, ocorram 50 milhões de novas infecções pelo vírus ao redor do globo. Atualmente, estão em circulação quatro sorotipos da doença, cuja infecção pode ir de um quadro assintomático até estado grave, com choque e hemorragia.

Os sintomas são facilmente reconhecíveis. O primeiro deles é a febre alta (entre 39º e 40º), que aparece de repente e permanece por até sete dias. Mas, infelizmente, essa febre não costuma andar só: vem junto de dores de cabeça, no corpo, nas articulações e atrás dos olhos; fraqueza; prostração e erupções cutâneas (manchas vermelhas). Podem ocorrer também náuseas, perda de apetite e vômitos. O mais comum é que, com repouso, hidratação e medicação para controle da febre, esses sintomas diminuam a partir do sétimo dia e logo o paciente se restabeleça, sem que a doença evolua para sua forma grave.

A transmissão da dengue se dá da seguinte forma: uma pessoa em viremia (já contaminada) – em geral até o sexto dia da doença e até o surgimento do estado febril – é picada pela fêmea do mosquito, que passa a contaminar outras pessoas nas futuras picadas até o final de sua vida. Há ainda outras formas de transmissão, embora mais raras, como a vertical (da gestante para o bebê).

Sinais de alerta

Fique atento aos sinais que podem indicar a complicação do quadro de dengue. Cuidados médicos intensivos podem ser necessário se o quadro evoluir para hipersensibilidade do abdômen, com dor intensa à palpação; vômitos persistentes; sangramento de mucosas como nariz e gengiva; letargia; irritabilidade; tontura; acumulação de líquidos nos pulmões, na cavidade abdominal e no pericárdio e aumento anormal do fígado (esses dois últimos sintomas perceptíveis em exame clínico ou de imagem). Tudo isso pode indicar a iminência de um choque.