Como o Zika Vírus chega à população

O Zika é outro vírus que o Aedes aegypti é capaz de transmitir. Não faz muito tempo que desembarcou por aqui: os primeiros registros datam de abril de 2015. Tem esse nome porque foi identificado pela primeira vez em uma região de floresta chamada Zika, no país africano de Uganda.

Como acontece com a dengue, o paciente com zika pode nem ter manifestação clínica da doença. Quando a tem, apresenta febre baixa, dor de cabeça, dor nas articulações (que pode persistir por aproximadamente um mês após a recuperação), coceira e vermelhidão nos olhos e manchas vermelhas na pele. Menos comuns, mas também possíveis, são sintomas como tosse, dor de garganta, inchaço e vômitos. Assim como a dengue, é esperado que, após cerca de uma semana de tratamento com repouso, hidratação e medicação para controle da febre, o paciente melhore.

Suas vias de transmissão são as mesmas da dengue, mas outras formas de contágio já foram registradas e descritas pela literatura científica, como através de relações sexuais e da mãe para o filho na gestação.

Sinais de alerta

Quadros graves de zika são raros, embora a doença possa levar a complicações e até mesmo à morte. Tem sido investigada sua correlação com a síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune em que as defesas do organismo, reagindo a uma infecção bacteriana ou viral, atacam o próprio sistema nervoso. Os danos provocados pela doença iniciam normalmente por fraqueza muscular dos membros inferiores, acompanhada de câimbras, formigamento, descoordenação de movimentos e até visão turva, podendo chegar à paralisia total dos membros e mesmo parada respiratória.