Doença febril viral que pode ocorrer em dois ciclos: um silvestre, tendo os macacos como principais hospedeiros e os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes como vetores, e outro urbano, em que o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e o vetor é o Aedes aegypti. A febre amarela urbana não é registrada no País desde 1942, porém, com a proliferação do inseto transmissor, ressurgiu a preocupação de que esse ciclo de contaminação possa se restabelecer.

Como o próprio nome já diz, a febre amarela é caracterizada por um aumento súbito da temperatura corporal. Acompanham a febre calafrios, dor de cabeça intensa, dor no corpo, náuseas e fadiga. A maior parte dos pacientes recupera a saúde após esse ciclo inicial com medidas simples como repouso, hidratação e controle da febre.

Dos quatro vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, a febre amarela é a única que possui vacina. A imunização está disponível gratuitamente nas unidades básicas que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS). Pode ser administrada a partir dos seis meses de idade e deve ser reforçada a cada 10 anos.

Não há registro de transmissão de febre amarela de pessoa para pessoa. A única forma de contraí-la é através da picada dos mosquitos.

Sinais de alerta

Em torno de 15% dos casos de febre amarela, a doença pode evoluir para estado grave após um breve intervalo (de horas a um dia) sem sintomas. Essa situação é marcada por retorno da febre, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragia gastrointestinal. É preciso agir rápido, pois o quadro pode evoluir para choque e insuficiência de múltiplos órgãos, com alta mortalidade (20% a 50%).