Palestra sobre combate ao Aedes para equipes de manutenção e limpeza do Benfica

Palestra BenficaOs servidores terceirizados da UFC que cuidam da limpeza e conservação do Campus do Benfica participaram de palestra, nesta segunda-feira (22), com o Prof. Luciano Pamplona, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina, sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti.

O evento contou com a participação de cerca de 100 terceirizados e foi realizado no Auditório Rachel de Queiroz, na área 2 do Centro de Humanidades (CH). Ele faz parte da série de ações de combate ao inseto que a UFC está promovendo.

Com linguagem fácil, o Prof. Luciano Pamplona tratou de desmistificar algumas informações sobre o mosquito. Ele chamou atenção para o fato de que cerca de 90% dos criatórios do mosquito estão no ambiente doméstico, aumentando a responsabilidade de cada cidadão. “O mosquito está se acostumando com o que a gente oferece a ele. Essa coisa de o mosquito virar doméstico é o que faz ele tão eficiente para transmitir doenças”, disse.

O professor destacou que, no Nordeste, o principal foco do mosquito está em depósitos usados para acumular água, situação bem diferente do restante do País. “No Norte, 50% dos focos estão no lixo. Então, falar de coleta lá é muito importante. Para a gente, o lixo representa 5%”.

Pamplona disse que o cidadão associa dengue à chuva, o que é um erro comum. Na verdade, o desenvolvimento do mosquito deve-se à combinação entre chuva e calor, o que gera um ambiente com muita umidade, propício ao inseto. “O mosquito que nasce em outubro, com clima seco, vive 30 dias. O que nasce agora, com umidade, vai viver 50 a 60 dias dentro de casa”. Outro erro é associar o mosquito às áreas pobres.

Durante a palestra, o pesquisador deixou claro que não basta tampar o depósito com água, sendo preciso vedá-lo de modo que não haja nenhuma brecha para a entrada do mosquito. “Uma pequena brecha numa telha de amianto, por exemplo, é suficiente para ele entrar”, disse. Em várias fotos apresentadas durante a palestra, o pesquisador mostrou a maneira correta de usar telas de proteção para garantir a vedação dos depósitos.

Pamplona deu dicas importantes, como o uso de detergente ou água sanitária semanalmente nos ralos, dar descarga em banheiros com pouco uso e ainda limpar o recipiente dos geláguas. “Há bairros em Fortaleza em que o gelágua representa 40% dos focos do mosquito”.

O professor também chamou a atenção para a necessidade de limpar as gavetas que recolhem água nas geladeiras. E fez questão de dizer que, diferentemente do que muita gente pensa, mesmo as geladeiras modelo frost free também possuem depósitos com potencial de acumular os mosquitos. Para elas, uma opção é colocar sal grosso uma vez por mês nesses recipientes.

PLATEIA – As dicas foram bem recebidas por quem estava assistindo. “O que mais me chamou a atenção foi a dica do gelágua. Informações desse tipo são muito importantes porque a gente tem como se prevenir melhor e tem como fazer o vizinho se preocupar também com a situação”, disse a auxiliar de limpeza geral Simone Rodrigues. Ela relata que onde mora várias pessoas já tiveram dengue. “Eu sempre digo aos vizinhos: ‘vamos verificar as casas'”, diz. “Gostei da palestra. O que eu nunca tinha visto era essa questão da geladeira. Agora, vamos prestar mais atenção”, completa Manoel César da Silva, zelador do CH.

PICI E PORANGABUÇU – Nesta terça-feira (23), a partir das 8h30min, as palestras prosseguem com os professores Luciano Pamplona e Carlos Henrique Morais de Alencar, desta vez com os terceirizados do Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra. Será no Auditório Cândido Pamplona, próximo aos blocos 710 e 726 do Centro de Tecnologia. Posteriormente, será realizado novo evento com a equipe de limpeza do Campus do Porangabuçu.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331

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